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quinta-feira

Pássaro de cativeiro não sabe voar!


Há muito tempo, uma família começava. O futuro papai, todo orgulhoso, resolve trazer um presente para a filha récem nascida, um bichinho de estimação. Um filhote de animal que em sua genuína pureza acompanharia essa menina e lhe ofertaria todo seu amor e dedicação.  Esse animalzinho, era um pássaro de penas arrepiadas, porque afinal tratavasse ainda de um filhote. Era engraçado verificar as semelhanças entre o bicho homem, na forma daquela criança e também, bicho animal na forma daquele pássaro, as necessidades fisiológicas e de amor eram as mesmas para ambos. E seu crescimento aconteceu tão rápido quanto era esperado. Nos primeiros anos de vida, aquele bebe tornou-se uma linda menininha e aquele pássaro começa entoar suas primeiras notas de uma canção. Ainda reconheciam-se as semelhanças de ambos: a mesma curiosidades, os movimentos nos olhos, a busca pelo reconhecimento daquilo que era familiar e daquilo que era considerado o seu lar.
Com a idade de 4 anos os dois eram os donos do pequeno apartamento de 2 quartos onde viviam. Não havia nada que pudesse ser escondido ou desconhecido para aqueles dois aventureiros. A menina já começando a tomar forma e o pássaro já era dono de si  na sua majestade. Aos poucos, aquele menina é introduzida a sociedade atráves de uma pré-escola  e o pássaro é remetido ao simples papel de animal de estimação que ainda assim, diariamente, entoava sua canção de boas vindas sempre que sua família retornava à casa.
Um dia, sem aviso qualquer, a família não retornou. Nem o homem grande de fala arrasta, nem a mulher que vivia correndo com sua pasta e muito menos, a companheira de aventura de olhos grandes. Nenhuma dessas pessoas, desses bichos-homens haviam voltado para casa. Em seu lugar apareceu um senhor imenso que tirou o passaro de sua varanda levando-o consigo;
O pássaro por muitos dias ficou ali, parado, inerte, sem comer, sem beber e olhando a sua volta na espera;  na espera que sua família voltasse. Mas sua família nunca retornou e não se soube a razão pela qual aquele animal havia se tornado um orfão de casa. O homem que tinha assumido a responsabilidade pelos cuidados do pássaro percebendo sua tristeza tem uma grande idéia. A idéia de conceder ao pássaro o direito a liberdade.
No primeiiro momento aquele animal não entendeu muito bem o que homem de constituição grande, estava querendo. Simplesmente, abrindo a portinhola de sua gaiola. Será que homem não percebeu que era mais seguro ficar ali, naquela ambiente; a gaiola que era o único indício que um dia, aquele pássaro já havia tido um lar e feito parte de uma família. E durante dias a gaiola ficou aberta e o pássaro nada fez.
A senhora, mulher do homem, repetidamente dizia: -Pássaro de cativeiro não sabe voar! É perda de tempo deixar essa gaiola aberta, nada irá acontecer.
Mas todo os dias o homem ia até a gaiola e verificava as condições daquele pássaro, alimentava-o, limpava e deixava água no recepiente. Até que um dia indo para verificar descobriu a gaiola vazia. Olhou em volta, procurando pelos arredores da casa. O homem desesperado começou a pensar que realmente foi um erro deixar o pássaro em liberdade e  se,  em vez de voar ele tenha sido devorado por uma gato? O homem não percebera a sua dependência em relação aquele animal e acabou arrependendo-se de abrir a gaiola.
 Mas agora já era tarde e como um ato de confirmação ao longe se ouviu um entoar de uma canção conhecida e semelhante... a canção que aquele pássaro havia começado a compor nos primeiros passos de sua  vida...

" Se não es capaz de permitir-me a liberdade nunca ouse abrir minha portinhola, pois não saberei ser capaz de recusar ou aceitar ser livre, até que o faça!"

Lika Nues 

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